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Rancho Folclórico Regional e Cultural da Branca


Breve história

O Rancho Folclórico Regional e Cultural da Branca foi criado em 1986, tendo surgido devido às actividades de dança promovidas pela irmã Cândida, durante as actividades da Igreja, com as crianças desta freguesia.

Deste modo, os pais das crianças que participavam nestas actividades decidiram constituir o Rancho Folclórico, pelo que vieram a contactar um ensaiador para que este viesse ensinar as danças tradicionais a este grupo de crianças.

Após alguns ensaios, o Rancho Folclórico Regional e Cultural da Branca fez a sua primeira actuação na antiga Estalagem do Gado Bravo, tendo vindo aí a actuar durante vários anos, na animação desta estalagem, para inúmeros grupos de turistas portugueses e estrangeiros.

Desde aí, o Rancho Folclórico Regional e Cultural da Branca organiza anualmente o seu Festival de Folclore convidando 4 grupos representativos de diferentes zonas do país, cuja participação é sempre através do regime de intercâmbio.

Em 2009, o Rancho Folclórico Regional e Cultural da Branca aposta numa melhor representação das tradições e trajes da sua freguesia, pelo que faz um forte investimento nos trajes deste grupo.

Para além das danças e cantares, o Rancho dá a conhecer os trajes característicos da freguesia: a mondadeira, a mulher de trabalho, o abegão e a mulher, a governanta, o traje de ir à vila, o traje de gente abastada.

Neste sentido, é nosso objetivo mostrar alguns dos trajes mais representativos da população da freguesia da Branca, remontando sobretudo às décadas de 40 e 50, os quais refletem a influência dos vários movimentos migratórios, provenientes das Beiras, especialmente da zona do Mondego e mais tarde da zona de Montargil, devido à construção da Barragem, que tornaram possível o povoamento dos Foros de Branca, desde o início do séc. XX.

 

Destacamos assim alguns dos trajes representativos da Freguesia de Branca:

Trajes de Trabalho Femininos

 

A cavadora e a mondadeira

Estes dois trajes representam a cavadora e a mondadeira que trabalhavam nas Herdades existentes na Freguesia, sobretudo nos campos de arroz.

Estes trajes caracterizam-se sobretudo pela utilização de saia e avental arregaçado, os quais no fim de um dia de trabalho eram soltos. A utilização de chapéu é muito comum, protegendo do sol e do frio, são adornados com fitas com dedicatórias aos namorados e com penas de pavão.


Traje do Abegão e esposa

O abegão trajava normalmente cotim cinzento e a sua função na Herdade onde trabalhava era coordenar os diferentes trabalhos agrícolas, ao longo do ano. A esposa que trabalha em casa ou na casa dos patrões, veste saia comprida, usa lenço e avental.

 

Traje de Ir à Vila

Os principais motivos que levavam os habitantes da freguesia da Branca a ir à Vila de Coruche eram: procurar trabalho, ir às compras ou ao médico. A mulher usa saia comprida, avental e lenço na cabeça e leva normalmente a alcofa para trazer as suas compras. O homem traja cotim cinzento, usa barrete e ajusta as suas calças com uma cinta.

 

Traje de Gente Abastada

Este traje representa as pessoas mais abastadas da freguesia que vestiam roupas de qualidade superior e adornavam-se com ouro. As pessoas mais abastadas eram normalmente os patrões que davam trabalho nas herdades aos camponeses.

 

Traje de Governanta

A governanta vestia roupa que os patrões exigiam, portanto a qualidade desta era também de melhor qualidade, relativamente aos restantes trabalhadores, era ela que geria os afazeres no monte dos patrões

 

Traje de Moleira

Na freguesia existiam moinhos para moer os cereais que eram cultivados, pelo que o traje da moleira é bastante relevante nas profissões que o Rancho pretende representar.

As roupas da moleira eram claras, em virtude desta trabalhar com farinha.

 

Traje das crianças

No Rancho Folclórico da Branca os trajes de infância também estão representados, salientandose que os brinquedos eram feitos pelas próprias crianças ou pelos seus pais, as bonecas de trapo e os carrinhos de cana com rodas em cortiça.

 

Traje do casamento

O traje da noiva era um vestido comprido em cor verde, sapato preto de prezilha e meia de seda. O traje do noivo era de fazenda preta, camisa branca, sapato de tacão de cor preta e
gravata preta.

Nas suas actuações, o Rancho Folclórico dá a conhecer danças e cantares típicos da freguesia que revelam muitos dos costumes da região. Eis alguns exemplos:

Manjerico
Manjerico repenica a folha
Ó manjerico repenica-a bem
Ó manjerico repenica a folha
Bem repenicada muita graça tem.

Coruche é nosso concelho
Por nós é repenicado
Hoje a Branca está presente
Com o meu ranchinho ao lado.

Rapazes e raparigas
Dancem com muita alegria
Gente nova são capazes
Dançar de noite ou de dia.

O amor é uma loucura
Quem tem amores não cansa
O rancho da Branca
Continua com esperança.

Bailarico do Tio José Branco
Ó meu amor anda cá
Vem dançar o bailarico
Foi um homem
Muito pobre que ficou rico.

Ó meu amor anda cá
Não sejas tão vergonhoso
A dançares o bailarico
Tu és jeitoso.

Ó meu amor anda cá
Não tem nada que saber
E anda com um pé no ar
E outro a bater.

Refrão
Ai anda amor
Vem dançar o bailarico.

Bailarico em Picadinho

Bailarico em Picadinho
E dançando a saltitar
Já parece um corridinho
Com o seu sapatear.

Bailarico em picadinho
Rebatido e bem marcado
Dancem bem o bailarico
Com firmeza e aprumado
Bailarico em picadinho

O Zé Povinho já cá está
Para dançar com alegria
Como a Branca já não há.
Dancem novos

Dancem velhos
Dancem todas as gerações
Bailarico em picadinho
A dança das emoções.

Última atualização: 27-04-2024

Informações


Morada: Largo da Liberdade

Código Postal: 2100 - 607

Localidade: Branca - Coruche

Telefone: Sem informação

Telemóvel: +351 967 159 037

Fax: Sem informação

Outro contacto: Sem informação

Email: ranchodabranca@gmail.com

Localização (Latitude, Longitude): Sem informação